Combate à corrução exige mais participação, diz especialista
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Os mecanismos de controle governamental do país, responsáveis por identificar irregularidades e desvios, estão muito melhores atualmente que no passado, mas a população ainda é pouco engajada nessas questões. “Eu diria que a população está desacreditada [do combate à corrupção]. Os jovens não se empenham suficientemente”, disse à Agência Brasil o diretor do Instituto Auditores Internos do Brasil, Paulo Gomes.
Segundo o auditor, as manifestações de junho de 2013, que levaram milhares de pessoas às ruas de diversas cidades brasileiras, foram movimentos pontuais e pouco numerosos em relação ao tamanho do país. De outro lado, Gomes ressaltou o papel da imprensa para pressionar por resultados nas investigações de corrupção. Ele também destacou que a reputação de uma empresa ou um órgão é muito importante e um escândalo financeiro pode resultar em perda de credibilidade.
Os temas estão sendo discutidos, a partir de hoje (19) até quarta-feira (22), por mais de 500 auditores de instituições públicas e privadas reunidos no 35º Congresso Brasileiro de Auditoria Interna (Conbrai), em Goiânia. O objetivo do encontro é discutir desafios e trocar experiências quanto a novas perspectivas no controle interno governamental do país.
Para o auditor, há uma evolução do processo de melhoria no controle e no combate a corrupção no Brasil, que, segundo ele, já foi pior. “Nos últimos anos, já houve o impeachment de um presidente da República e a cassação de governadores. Você vê, periodicamente, parlamentares sendo cassados e também situações de julgamento de processos na Justiça que antes não avançavam”, argumentou.
Apesar disso, ele observa que a Justiça ainda precisa dar resposta mais rápida a julgamentos desse tipo, para que a população não fique com a sensação de que há impunidade. “Para mim, a execução da apuração de corrupção avançou bastante, mas a questão do julgamento precisa avançar mais”, afirmou, lembrando que, em alguns casos, os processos até prescrevem pela demora.
Para o especialista, são muitos os fatores que contribuem para a descoberta de casos. “Hoje, é possível obter informações significavas na internet. O próprio governo vem incentivando o Portal da Transparência, onde ações de gastos públicos são colocadas, como, por exemplo, viagens a serviço no Brasil e no exterior e as compras de obras e serviços”
Paulo Gomes coloca como um dos maiores desafios a prevenção da fraude. “Combater a fraude depois que ela ocorre é complicado. O fraudador sempre está à frente, mas a partir do momento em que você cria mecanismos para controlar as informações principalmente financeiras você vai inibir a ação do fraudador, que geralmente acha que nunca vai ser descoberto. Às vezes o estrago financeiro não é tão grande quanto o da imagem da instituição”, lembrou.
Antonio Cruz / Agência Brasil - Karine Melo, da Agência Brasil
4 Comentários
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"Criar mecanismos para controlar as informações principalmente financeiras você vai inibir a ação do fraudador.".
Esses mecanismos deveriam ser criados pelos nossos legisladores (principalmente por partidos que fazem oposição ao governo) com o apoio popular. Porém, os partidos de oposição ao governo preferem passar os quatros anos acusando o governo de roubo e com isso deixam de dar significativa contribuição ao país e à democracia e o povo permanece "deitado eternamente em berço esplêndido.".
O país precisa de um bom governo, uma ótima oposição, e um povo crítico. Mas, o governo é ruim, a oposição amadora e o povo como disse: permanece "deitado eternamente em berço esplêndido.".
Mesmo assim, amo o meu país e o meu povo. Não devemos nada aos gringos em matéria de criatividade, o que nos falta é materializar o nosso potencial. continuar lendo
Quer acabar com a corrupção nas próximas eleições? Criem um órgão que possa pegar as ultimas DECLARAÇÕES de patrimônio dos candidatos, através do TSE-TRE's...Algo parecido com que a RECEITA FEDERAL FAZ COM AGENTE. Façam as contas...PRONTO...tá tudo alí na cara dura. É simples, a conta não bate. Sim, pois tem candidato de tão POBRE, que se juntar os salários recebidos em 4 anos, dá mais que o trípolo do que é declarado no pleito seguinte. Sério. o transparenciabrasil.org.br já identificou muito isso, candidato que entra declarando 10 e sai declarando 5...rsrsrs.... Pegue também os que de um período eleitoral para outro tenham aumentado mais de 1000% de seu patrimônio. Verifique sua vida empresarial (se tem empresa), fazendeira, seu CPF e e tal...Por aí vc pegaria muuuuuuta gente sem ter muito trabalho, aliás, a PF mesmo poderia atuar nesse tipo de trabalho sem precisar de denuncia alguma, pois o cara quando declara alí pro TSE/TRE ele tá assumindo e jurando que é só aquilo que ele possui....Se as DECLARAÇÕES DE PATRIMÔNIO feitas antes de se registrar a candidatura fossem mais levada a sério, com certeza cairiam muitos deles na malha fina. Só teríamos que correr atrás, por lógica , dos laranjas. Resumo da ópera: O TREM É FEITO PRA NÃO FUNCIONAR ! QUEM INDICA UM MEMBRO PRO STF ? O povo ? continuar lendo
Combatentes vorazes pelo fim da corrupção e seus instrumentalistas, muito antes de ceifarmos de vez a vida própria que a corrupção política pátria tem ganhado mais força nos últimos vinte anos praticamente - e aí é crucial raciocinarmos com critério científico e imparcialidade, sem listar esse ou aquele partido político ou nomes do cenário eleitoreiro -, havemos de combater o senso comum do menor ato corruptor praticado do seio familiar à sociedade, a exemplo do famoso jeitinho brasileiro para tudo o que façamos cotidianamente em desfavor de outrem como igual integrante da sociedade política e legalmente organizada da qual fazemos parte querendo ou não, e até mesmo contra os indivíduos isoladamente considerados quando depõe desfavorável e amoralmente em próprio demérito, a exemplo dos que furam filas, empregam mau atendimento em estabelecimentos comerciais e financeiros, estacionam em vagas para veículos automotores destinadas aos idosos e portadores de deficiência, utilizam aparelhos de telefones móveis inteligentes enquanto conduzem seus veículos automotores, pedem informação a um advogado com o pretexto de "tirar uma dúvida" e não pagam consultas aos profissionais da advocacia e até de outros segmentos profissionais, conduzem veículos pesados para transporte coletivo em direção perigosa e em alta velocidade, degustam iogurtes ou frutas dentro dos supermercados antes de passarem pelo caixa, etc. continuar lendo
Maior liberdade ao fisco para investigar pessoas com "sinais exteriores de riqueza" com certeza seria um freio aos abusos. continuar lendo